Impugnação a Contestação: Seguro de Veículos [Modelo]

26 jun, 2024
Advogado falando sobre ação de seguro de veículos

Na etapa de impugnação à contestação em um processo judicial envolvendo seguro de veículos, é fundamental adotar uma abordagem meticulosa para assegurar a defesa dos interesses do cliente. 

Este momento do processo exige refutar argumentos e apresentar contra-argumentos claros e bem fundamentados. Estamos preparados para oferecer um modelo abrangente que garanta uma impugnação técnica e precisa, assegurando a robustez na proteção dos direitos do nosso cliente.

Compreendemos os desafios particulares desse caso e estamos prontos para orientá-lo de maneira eficaz. 

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Modelo de Impugnação a Contestação em Face de Seguradora de Veículos

AO JUÍZO DA [VARA E COMARCA]

Processo nº: [Nº DO PROCESSO]

[NOME COMPLETO do autor], inscrito (a) sob o CPF/CNPJ de nº [NÚMERO], residente no(a) [ENDEREÇO], contato telefônico nº [NÚMERO DE TELEFONE], e-mail: [E-MAIL], na qualidade de parte Autora e já devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, neste ato representado por seu advogado que ao final subscreve, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar a presente

IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO (RÉPLICA)

EM AÇÃO EM FACE DE SEGURADORA DE VEÍCULOS

que fora apresentada pela parte ré [QUALIFICAÇÃO DA RÉ], com base nos fatos e fundamentos que serão expostos a seguir:

DA TEMPESTIVIDADE

Em conformidade com os art. 350 e art. 351 do CPC/2015 (Lei 13.105 de 2015), que dispõem sobre o prazo da Réplica (Impugnação à Contestação) ser de até 15 dias úteis após o termo inicial (data do termo inicial), a presente medida se realiza tempestivamente, sendo protocolada no dia [data de protocolo].

DO RESUMO DOS FATOS DO PROCESSO

O presente processo teve início com a petição inicial apresentada pelo autor, na qual ele relata que seu veículo foi danificado enquanto estava estacionado em um estacionamento. O autor não conseguiu identificar o responsável pelo dano, o que o levou a acionar a seguradora com a qual mantinha um contrato de seguro total. No entanto, alega que a seguradora protelou a indenização e a reparação do veículo, obrigando-o a arcar com os custos da reparação de forma particular. 

O autor afirma que a demora e a recusa injustificada da seguradora em cumprir com suas obrigações contratuais causaram-lhe prejuízos materiais e morais. Ele argumenta que a falta de reparação do veículo prejudicou sua atividade profissional e sua subsistência, uma vez que o veículo é essencial para o desempenho de suas funções. Diante disso, o autor busca compelir a seguradora a cumprir com suas obrigações contratuais, indenizando-o pelos danos sofridos.

Em sua contestação, a seguradora refuta os argumentos apresentados pelo autor. A empresa alega que agiu dentro dos prazos e procedimentos estabelecidos contratualmente e legalmente. Argumenta que a verificação do sinistro é essencial para a confirmação da cobertura e que eventuais atrasos decorreram da necessidade de esclarecimentos adicionais ou de uma avaliação técnica dos danos. A seguradora também contesta a alegação de danos morais, sustentando que a demora na resolução do sinistro não causou um abalo moral significativo ao autor e que a empresa cumpriu com suas obrigações contratuais.

No que diz respeito aos danos materiais, a seguradora alega que sua responsabilidade está limitada ao montante do interesse segurado e que o autor não comprovou a necessidade e a proporcionalidade dos valores gastos na reparação do veículo. A contestação também aborda a questão da mora da seguradora, argumentando que não houve descumprimento contratual por parte da empresa.

O autor, por sua vez, reitera que a seguradora não agiu de forma diligente e tempestiva, o que o obrigou a arcar com os custos da reparação do veículo, causando-lhe prejuízos financeiros significativos. Ele sustenta que a demora na indenização e na reparação do veículo foi injustificada e que a seguradora não apresentou motivos plausíveis para a protelação do cumprimento de suas obrigações contratuais.

Além disso, o autor argumenta que a recusa da seguradora em indenizá-lo pelos danos sofridos configura um descumprimento contratual, uma vez que ele cumpriu com todas as suas obrigações previstas no contrato de seguro. Ele também destaca que a seguradora não apresentou provas suficientes para justificar a necessidade de esclarecimentos adicionais ou de uma avaliação técnica dos danos, o que reforça a alegação de que a demora foi injustificada.

O autor também contesta a alegação da seguradora de que não houve danos morais significativos. Ele argumenta que a demora na resolução do sinistro causou-lhe um abalo emocional considerável, uma vez que o veículo é essencial para o desempenho de suas atividades profissionais e para sua subsistência. O autor sustenta que a recusa da seguradora em cumprir com suas obrigações contratuais gerou-lhe uma situação de angústia e insegurança, configurando, assim, os danos morais alegados.

Por fim, o autor reitera que a seguradora deve ser compelida a cumprir com suas obrigações contratuais, indenizando-o pelos danos materiais e morais sofridos. Ele sustenta que a empresa agiu de forma negligente e injustificada, causando-lhe prejuízos significativos e comprometendo sua atividade profissional e sua subsistência.

As alegações trazidas na Contestação, no entanto, não merecem prosperar pelas razões que serão devidamente expostas na presente réplica à Contestação (impugnação à Contestação).

DO MÉRITO 

Obrigação de Indenizar

O artigo 757 do Código Civil estabelece que o contrato de seguro obriga a seguradora a garantir o interesse legítimo do segurado contra riscos predeterminados. No presente caso, o autor cumpriu todas as suas obrigações contratuais, incluindo a comunicação tempestiva do sinistro e a apresentação dos documentos necessários. A seguradora, por sua vez, falhou em cumprir sua obrigação principal de indenizar o segurado pelos danos cobertos pela apólice, configurando, assim, um descumprimento contratual.

A seguradora alega que agiu dentro dos prazos e procedimentos estabelecidos contratualmente e legalmente, e que a verificação do sinistro é essencial para a confirmação da cobertura. No entanto, a simples alegação de que a verificação do sinistro é necessária não justifica a demora excessiva e injustificada na indenização. A seguradora não apresentou provas suficientes para demonstrar que a demora foi causada por fatores alheios à sua vontade ou que a análise técnica dos danos exigiu um tempo além do razoável.

Ademais, o artigo 778 do Código Civil, citado pela seguradora, limita a responsabilidade da seguradora ao montante do interesse segurado. No entanto, essa limitação não exime a seguradora de cumprir sua obrigação de indenizar tempestivamente o segurado pelos danos cobertos pela apólice. O autor apresentou provas suficientes, como fotografias do veículo avariado, nota fiscal do estacionamento e e-mails trocados com a seguradora, que comprovam a ocorrência do sinistro e a necessidade de reparação do veículo.

A seguradora também contesta a alegação de danos morais, sustentando que a demora na resolução do sinistro não causou um abalo moral significativo ao autor. No entanto, a demora injustificada na indenização e na reparação do veículo causou ao autor prejuízos materiais e morais, uma vez que o veículo é essencial para o desempenho de suas atividades profissionais e para sua subsistência. A recusa da seguradora em cumprir com suas obrigações contratuais gerou uma situação de angústia e insegurança ao autor, configurando, assim, os danos morais alegados.

Além disso, a seguradora argumenta que o autor não comprovou a necessidade e a proporcionalidade dos valores gastos na reparação do veículo. No entanto, o autor apresentou documentos que comprovam os valores despendidos e a necessidade de reparação do veículo para o desempenho de suas atividades profissionais. A seguradora não apresentou provas suficientes para contestar a veracidade e a proporcionalidade desses valores.

Portanto, a seguradora falhou em cumprir sua obrigação de indenizar o autor pelos danos cobertos pela apólice, configurando um descumprimento contratual. A seguradora deve ser compelida a cumprir com suas obrigações contratuais, indenizando o autor pelos danos materiais e morais sofridos.

Configuração da Mora

O artigo 394 do Código Civil Brasileiro estabelece que a mora ocorre quando o devedor não cumpre a obrigação no tempo, lugar e forma acordados. No presente caso, a seguradora não cumpriu sua obrigação de indenizar e reparar o veículo do autor dentro do prazo contratual, configurando, assim, a mora.

Primeiramente, é importante destacar que a seguradora, ao firmar o contrato de seguro total com o autor, assumiu a obrigação de indenizar os danos cobertos pela apólice de forma tempestiva. A demora injustificada na reparação do veículo e no pagamento da indenização, conforme alegado pelo autor, viola os princípios da boa-fé objetiva e da função social do contrato, previstos nos artigos 421 e 422 do Código Civil. A seguradora, ao não cumprir sua obrigação no tempo devido, causou prejuízos significativos ao autor, que teve que arcar com os custos da reparação do veículo de forma particular.

A alegação da seguradora de que a demora se deu pela necessidade de esclarecimentos adicionais ou de uma avaliação técnica dos danos não se sustenta. A empresa teve tempo hábil para realizar tais procedimentos dentro do prazo contratual. A ausência de justificativas plausíveis para a protelação do cumprimento das obrigações contratuais reforça a configuração da mora. Ademais, a seguradora não apresentou provas suficientes para demonstrar que a demora foi justificada e necessária, o que evidencia a falta de diligência na condução do processo de verificação do sinistro.

Além disso, a seguradora argumenta que não houve descumprimento contratual e que agiu conforme os prazos e procedimentos estabelecidos contratualmente e legalmente. No entanto, a simples alegação de cumprimento dos prazos não é suficiente para afastar a configuração da mora. É necessário que a seguradora comprove que a demora na indenização e na reparação do veículo foi justificada e que não houve negligência ou má-fé em sua atuação. A ausência de tais provas reforça a alegação do autor de que a seguradora agiu de forma negligente e injustificada.

O autor, por sua vez, cumpriu com todas as suas obrigações contratuais, apresentando tempestivamente todos os documentos requisitados pela seguradora. A mora da seguradora, portanto, não pode ser atribuída a qualquer falha ou omissão por parte do autor. A seguradora, ao não cumprir sua obrigação no tempo, lugar e forma estabelecidos, incorreu em mora, conforme disposto no artigo 394 do Código Civil.

Portanto, a configuração da mora por parte da seguradora é evidente, uma vez que não foram apresentadas justificativas plausíveis para a demora na indenização e reparação do veículo. A seguradora deve ser responsabilizada pelos prejuízos causados ao autor, incluindo os danos materiais e morais decorrentes da mora.

Violação da Boa-Fé Objetiva e Função Social do Contrato

O artigo 421 do Código Civil estabelece que os contratos devem ser interpretados conforme a boa-fé objetiva e a função social do contrato. A boa-fé objetiva impõe um padrão de conduta que exige das partes contratantes lealdade, honestidade e cooperação mútua, visando à realização dos interesses comuns e à preservação da confiança depositada na relação contratual. No presente caso, a conduta da seguradora ao protelar a indenização e a reparação do veículo do autor configura uma clara violação desses princípios.

A seguradora, ao não cumprir suas obrigações de forma diligente e tempestiva, agiu em desacordo com a boa-fé objetiva. A demora injustificada na resolução do sinistro, sem apresentar motivos plausíveis ou provas suficientes que justificassem a necessidade de esclarecimentos adicionais ou de uma avaliação técnica dos danos, demonstra uma falta de lealdade e cooperação por parte da seguradora. Tal comportamento não só frustra as expectativas legítimas do autor, que confiou na proteção oferecida pelo contrato de seguro, como também compromete a função social do contrato, que visa à satisfação das necessidades das partes envolvidas e à promoção da segurança jurídica.

A função social do contrato, conforme preconizado pelo artigo 421 do Código Civil, exige que as relações contratuais contribuam para o bem-estar social e econômico das partes. No caso em tela, a recusa da seguradora em indenizar o autor pelos danos sofridos, bem como a demora na reparação do veículo, causaram-lhe prejuízos materiais e morais significativos. O veículo é essencial para o desempenho das atividades profissionais do autor e para sua subsistência, e a conduta negligente da seguradora comprometeu diretamente sua capacidade de trabalho e sua estabilidade financeira.

Ademais, a seguradora, ao alegar que agiu dentro dos prazos e procedimentos estabelecidos contratualmente e legalmente, não apresentou provas concretas que sustentassem essa afirmação. A simples alegação de que a verificação do sinistro é essencial para a confirmação da cobertura não justifica a demora excessiva e a falta de comunicação clara e transparente com o autor. A boa-fé objetiva exige que a seguradora atue de forma proativa e eficiente na resolução do sinistro, o que não ocorreu no presente caso.

Portanto, a conduta da seguradora, ao protelar a indenização e a reparação do veículo do autor, violou os princípios da boa-fé objetiva e da função social do contrato, previstos no artigo 421 do Código Civil. Essa violação causou prejuízos significativos ao autor, que confiou na proteção oferecida pelo contrato de seguro e foi prejudicado pela falta de diligência e cooperação da seguradora.

Indenização por Danos Morais

O artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal assegura a indenização por danos morais decorrentes de violação de direitos da personalidade. No presente caso, a demora injustificada na resolução do sinistro por parte da seguradora causou ao autor um abalo emocional significativo. O veículo danificado é essencial para o desempenho de suas atividades profissionais e para sua subsistência, o que agrava ainda mais a situação de angústia e insegurança vivenciada pelo autor.

A seguradora, ao contestar a alegação de danos morais, argumenta que a mera demora na resolução de um sinistro não caracteriza dano moral e que o autor não trouxe provas suficientes de que a demora causou transtornos significativos. No entanto, tal argumentação não se sustenta diante dos fatos e das circunstâncias apresentadas. A essencialidade do veículo para a atividade profissional do autor é um fator determinante que amplifica o impacto emocional e financeiro da demora na indenização. A recusa da seguradora em cumprir com suas obrigações contratuais, sem apresentar motivos plausíveis para a protelação, configura uma conduta negligente e desrespeitosa, que ultrapassa os limites do mero aborrecimento cotidiano.

A boa-fé objetiva, princípio basilar do direito contratual, impõe às partes o dever de agir com lealdade e transparência, evitando causar prejuízos desnecessários à outra parte. A conduta da seguradora, ao não indenizar tempestivamente o autor, violou esse princípio, gerando uma situação de incerteza e sofrimento que caracteriza o dano moral. A função social do contrato, prevista nos artigos 421 e 422 do Código Civil, também foi desrespeitada, pois a seguradora, ao não cumprir suas obrigações, comprometeu a subsistência e a dignidade do autor.

Ademais, a alegação de que a seguradora agiu dentro dos prazos e procedimentos estabelecidos contratualmente não se sustenta, uma vez que a demora na indenização não foi justificada de maneira adequada. A necessidade de esclarecimentos adicionais ou de uma avaliação técnica dos danos não pode ser utilizada como pretexto para protelar indefinidamente o cumprimento das obrigações contratuais. A mora da seguradora, conforme o artigo 394 do Código Civil, é evidente, pois a empresa deixou de cumprir sua obrigação no tempo e forma acordados, causando prejuízos ao autor.

Portanto, a indenização por danos morais é devida, pois a conduta da seguradora causou um abalo emocional significativo ao autor, comprometendo sua atividade profissional e sua subsistência. A recusa injustificada em cumprir com suas obrigações contratuais gerou uma situação de angústia e insegurança, configurando os danos morais alegados. A seguradora deve ser responsabilizada por sua conduta negligente e desrespeitosa, indenizando o autor pelos prejuízos sofridos.

Da Responsabilidade Objetiva da Seguradora

Conforme o artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), a responsabilidade da seguradora é objetiva, ou seja, independe de culpa. A seguradora deve responder pelos danos causados ao consumidor em razão da má prestação do serviço. No presente caso, a demora injustificada na indenização e reparação do veículo configura falha na prestação do serviço, sendo a seguradora responsável pelos danos materiais e morais sofridos pelo autor.

A seguradora, ao firmar um contrato de seguro total com o autor, assumiu a obrigação de indenizar e reparar o veículo em caso de sinistro, conforme os artigos 757 e 778 do Código Civil. No entanto, ao protelar a indenização e a reparação do veículo, a seguradora descumpriu sua obrigação contratual, configurando mora, conforme o artigo 394 do Código Civil. A alegação da ré de que seguiu todos os procedimentos contratuais e legais para verificar a conformidade dos danos relatados não se sustenta, uma vez que a demora na resolução do sinistro foi injustificada e causou prejuízos ao autor.

A responsabilidade objetiva da seguradora implica que, independentemente de culpa, ela deve reparar os danos causados ao consumidor pela má prestação do serviço. A demora na indenização e reparação do veículo, além de causar danos materiais ao autor, que teve que arcar com os custos da reparação por conta própria, também gerou danos morais, devido ao abalo emocional e ao transtorno causado pela conduta da seguradora. A seguradora, ao não agir de forma diligente e tempestiva, violou os princípios da boa-fé objetiva e da função social do contrato, previstos nos artigos 421 e 422 do Código Civil.

A contestação da ré, ao argumentar que a demora na resolução do sinistro não configura mora e que a verificação minuciosa dos danos é uma etapa essencial para garantir a correta aplicação do contrato de seguro, não se sustenta diante da responsabilidade objetiva prevista no CDC. A seguradora deve responder pelos danos causados ao consumidor pela má prestação do serviço, independentemente de culpa. A alegação de que a responsabilidade de indenização está limitada ao valor do interesse segurado no momento do sinistro também não exime a seguradora de sua responsabilidade pelos danos causados ao autor pela demora injustificada na indenização e reparação do veículo.

Portanto, a seguradora deve ser responsabilizada pelos danos materiais e morais sofridos pelo autor, em razão da má prestação do serviço, conforme o artigo 14 do CDC. A demora injustificada na indenização e reparação do veículo configura falha na prestação do serviço, sendo a seguradora responsável pelos prejuízos causados ao autor.

Limitação da Garantia e Prova dos Danos Materiais

O artigo 778 do Código Civil estabelece que a responsabilidade da seguradora é limitada ao valor do interesse segurado. No entanto, essa limitação não exime a seguradora de indenizar os danos materiais comprovadamente sofridos pelo autor, desde que dentro do limite estipulado na apólice. No presente caso, o autor apresentou provas robustas e suficientes que demonstram a necessidade e a proporcionalidade dos valores gastos na reparação do veículo. Entre essas provas, incluem-se fotografias do veículo avariado, notas fiscais da reparação e e-mails trocados com a seguradora.

A seguradora, em sua contestação, alega que o autor não comprovou de maneira inequívoca e objetiva os valores despendidos para a reparação do veículo. Contudo, essa alegação não se sustenta, uma vez que a documentação apresentada pelo autor é clara e detalhada, evidenciando os danos sofridos e os custos necessários para a reparação. As fotografias do veículo avariado são provas visuais contundentes do estado em que o bem se encontrava após o sinistro, enquanto as notas fiscais da reparação demonstram os valores efetivamente pagos pelo autor para restaurar o veículo às suas condições normais de uso.

Ademais, a seguradora não apresentou provas contrárias que desqualifiquem a documentação fornecida pelo autor. A simples alegação de que os valores não foram comprovados de forma inequívoca não é suficiente para afastar a obrigação de indenizar. A seguradora tinha a oportunidade de realizar uma avaliação técnica dos danos e contestar os valores apresentados pelo autor com base em laudos periciais ou outras provas técnicas, mas não o fez. Dessa forma, a documentação apresentada pelo autor deve ser considerada válida e suficiente para comprovar os danos materiais sofridos.

Além disso, a seguradora argumenta que a responsabilidade está limitada ao montante do interesse segurado. No entanto, em nenhum momento o autor pleiteia valores que excedam esse limite. O pedido de indenização é estritamente baseado nos danos materiais comprovados e dentro dos limites estabelecidos pela apólice de seguro. Portanto, a seguradora deve cumprir com sua obrigação contratual de indenizar os danos materiais sofridos pelo autor, conforme previsto no artigo 757 do Código Civil, que estabelece a obrigação da seguradora de garantir o interesse legítimo do segurado contra riscos predeterminados.

Por fim, a seguradora não pode se eximir de sua responsabilidade alegando a necessidade de verificação do sinistro sem apresentar provas concretas de que tal verificação foi realizada de forma diligente e tempestiva. A ausência de provas contrárias por parte da seguradora reforça a presunção de veracidade dos documentos apresentados pelo autor, que demonstram claramente a necessidade e a proporcionalidade dos valores gastos na reparação do veículo. Portanto, a seguradora deve ser compelida a indenizar o autor pelos danos materiais comprovadamente sofridos, dentro dos limites do interesse segurado.

DOS PEDIDOS 

Ante o exposto, requer o autor que sejam rechaçadas todas as preliminares e argumentos trazidos na Contestação. Por consequente, reitera-se a necessidade de acolhimento de todos os pedidos elencados na petição inicial, a saber: 

I. A citação da Ré, [nome da seguradora], no endereço constante dos autos, para que, querendo, apresente contestação no prazo legal, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato.

II. A condenação da Ré ao pagamento do valor de R$ [valor pago] ([valor por extenso] reais), referente ao custo da reparação do veículo, conforme notas fiscais anexas.

III. A condenação da Ré ao pagamento de indenização por danos materiais, correspondente aos dias em que o veículo ficou parado na oficina indicada pela seguradora, impossibilitando o Requerente de utilizá-lo para fins de trabalho, conforme documentos anexos.

IV. A condenação da Ré ao pagamento de indenização por danos morais, em razão do transtorno e prejuízo causado ao Requerente pela demora na resolução do sinistro.

V. A condenação da Ré ao pagamento de honorários advocatícios, na base de 20% sobre o valor da condenação, conforme o disposto no Código de Processo Civil.

VI. A produção de todas as provas admitidas em direito, especialmente a documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do representante legal da Ré, sob pena de confissão.

VII. A intimação da Ré para que apresente todos os documentos relativos ao sinistro e ao contrato de seguro, que estejam em seu poder, sob pena de confissão e aplicação das sanções previstas em lei.

VIII. A condenação da Ré ao pagamento das custas processuais e demais despesas decorrentes da presente ação.

Nestes termos 

Pede deferimento

[Cidade/UF]

[Advogado/OAB]

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Sobre o autor

Larissa Santos Teles

Larissa Santos Teles

Entusiasta das tendências e mudanças no campo jurídico. Apaixonada pela leitura e escrita em temas variados. Estudante de Direito na Universidade Federal de Goiás.

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