Goiás acaba de dar um passo estratégico rumo à inovação tecnológica. Com a sanção da Lei Complementar nº 205 em maio de 2025, o estado inaugura uma nova fase no uso de inteligência artificial (IA), colocando-se entre os primeiros do país a estabelecer um marco legal voltado à ética, segurança e transparência no desenvolvimento e aplicação dessa tecnologia.
A iniciativa, liderada pelo governador Ronaldo Caiado, consolida uma política estadual voltada não somente à inovação, mas à proteção dos direitos fundamentais diante dos avanços tecnológicos.
Dessa forma, a nova legislação estabelece diretrizes claras para o uso responsável da IA em Goiás, impactando áreas como educação, administração pública, setor privado e formação profissional.
Entenda, a seguir, o que muda com a nova lei e como ela pode afetar profissionais do direito, empresas e cidadãos. Confira!
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O que diz a Lei Complementar nº 205/2025 sobre inteligência artificial e seu uso no estado de Goiás?
A Lei Complementar nº 205/2025 estabelece diretrizes para o desenvolvimento e aplicação de inteligência artificial no estado de Goiás.
Entre os pontos centrais da nova lei estão:
- Promoção do desenvolvimento tecnológico sustentável: incentivo à criação de soluções de IA que respeitem os direitos fundamentais e o meio ambiente.
- Fomento à pesquisa e capacitação profissional: apoio à formação de profissionais em IA, com parcerias entre governo, universidades e setor privado.
- Prioridade para soluções de IA de código aberto: incentivo à adoção de tecnologias transparentes, auditáveis e colaborativas.
- Uso responsável no setor público: exigência de critérios éticos e técnicos para a adoção de IA nos serviços públicos estaduais.
- Criação do Núcleo de Ética e Inovação em Inteligência Artificial (NEI-IA): órgão voltado à análise de impactos e à proposição de normas específicas para o uso de IA em Goiás.

Quais são as mudanças práticas trazidas pela nova legislação em Goiás?
A nova lei estadual traz dispositivos inovadores que impactam diretamente a administração pública, o setor privado e a formação de profissionais:
- Educação com foco em IA: inclusão de conteúdos sobre inteligência artificial nas escolas públicas e estímulo a cursos técnicos e superiores na área.
- Parcerias institucionais: criação do Centro Estadual de Computação Aberta e Inteligência Artificial, em colaboração com a Universidade Federal de Goiás.
- IA embarcada com padrões de segurança: regulamentação do uso de IA integrada em dispositivos, como veículos autônomos, equipamentos médicos e sistemas industriais.
- Transparência e controle social: o cidadão poderá acompanhar o uso de IA em políticas públicas e sugerir melhorias ou reportar riscos.
Petição Inicial com Inteligência Artificial: Como fazer?
O que muda para advogados e operadores do direito em Goiás?
A regulamentação da inteligência artificial em Goiás abre novas frentes de trabalho e desafios jurídicos:
- Consultoria e compliance em IA: empresas que desejam operar com IA precisarão de orientação jurídica especializada em proteção de dados, responsabilidade civil e ética tecnológica.
- Atuação em políticas públicas e licitações: a nova lei exige conformidade técnica e ética em contratações que envolvam IA, o que requer apoio jurídico.
- Oportunidades em direito digital e regulação tecnológica: cresce a demanda por profissionais que compreendem os impactos legais de algoritmos, machine learning e automação de decisões.

Um novo cenário para inovação e responsabilidade em Goiás
A regulamentação da inteligência artificial em Goiás marca o início de uma transformação estruturada e estratégica no uso de tecnologias emergentes no estado.
A Lei Complementar nº 205/2025 não apenas orienta a adoção ética e segura da IA, mas também cria um ambiente fértil para inovação, desenvolvimento profissional e fortalecimento institucional.
Para profissionais do direito, gestores públicos, empreendedores e educadores, o novo marco legal representa oportunidades concretas e desafios técnicos e regulatórios que exigem atualização constante e atuação multidisciplinar.
Goiás se posiciona como um laboratório de boas práticas na aplicação da inteligência artificial, abrindo caminho para outras unidades federativas seguirem o mesmo rumo.
O impacto dessa legislação será medido não só pelo avanço tecnológico, mas pela capacidade de garantir que esse avanço ocorra com transparência, justiça e respeito aos direitos fundamentais.
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Qual é a principal inovação da Lei Complementar nº 205/2025 sancionada em Goiás?
A Lei Complementar nº 205/2025 estabelece um marco legal no estado de Goiás para regulamentar o uso de inteligência artificial, criando diretrizes claras para o desenvolvimento e aplicação ética da IA no estado. A lei prioriza a transparência, segurança e proteção dos direitos fundamentais.
Quais são os principais órgãos e instituições criados pela Lei Complementar nº 205/2025?
A lei cria dois importantes órgãos:
– O Núcleo de Ética e Inovação em Inteligência Artificial (NEI-IA), responsável por analisar impactos e propor normas específicas para o uso de IA;
– E o Centro Estadual de Computação Aberta e Inteligência Artificial, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Goiás para fomentar pesquisa e capacitação profissional na área.
Como a Lei Complementar nº 205/2025 impacta a educação em Goiás?
A legislação promove a inclusão de conteúdos sobre inteligência artificial nas escolas públicas estaduais e estimula a criação de cursos técnicos e superiores na área.
Além disso, estabelece parcerias entre governo, universidades e setor privado para formar profissionais especializados em IA, preparando a força de trabalho local para as demandas tecnológicas futuras.
Quais novas oportunidades profissionais surgem para advogados com a Lei Complementar nº 205/2025?
Os advogados ganham três principais frentes de atuação:
– Consultoria e compliance em IA para empresas que precisam de orientação jurídica especializada em proteção de dados e ética tecnológica;
– Assessoria em políticas públicas e licitações que envolvam IA, garantindo conformidade técnica e ética;
– E especialização em direito digital e regulação tecnológica, área com crescente demanda devido aos impactos legais de algoritmos e automação de decisões.
A legislação estabelece mecanismos que permitem aos cidadãos acompanhar o uso de inteligência artificial nas políticas públicas estaduais.
Os cidadãos poderão sugerir melhorias na implementação da IA em serviços públicos e reportar possíveis riscos ou problemas. Além disso, a lei prioriza soluções de IA de código aberto, garantindo maior transparência e auditabilidade das tecnologias utilizadas pelo governo estadual.