CJF publica nova edição do Manual de Cálculos da Justiça Federal (2025)

3 set, 2025
Advogado elaborando cálculos.

O Conselho da Justiça Federal (CJF) publicou a nova edição do Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal, aprovada pelo Plenário em junho e oficializada pela Resolução nº 963/2025.

A atualização incorpora mudanças legislativas, constitucionais e jurisprudenciais recentes, trazendo impacto direto na rotina de cálculos judiciais, especialmente em execuções, ações previdenciárias e tributárias.

O que mudou no Manual de Cálculos 2025?

A edição de 2025 do Manual de Cálculos da Justiça Federal inclui alterações sugeridas pela Comissão Permanente de Revisão e Atualização, criada pela Portaria CJF 765/2024. Entre os principais destaques temos:

  • Aplicação da taxa SELIC em condenações contra a Fazenda Pública, a partir de   dezembro de 2021, conforme a Emenda Constitucional 113/2021;
  • Tema 1133 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), sobre o termo inicial dos juros de mora em ações de cobrança precedidas por mandado de segurança;
  • Incorporação da Lei 14.905/2024, que define nova metodologia de correção monetária e juros para devedores que não se enquadram como Fazenda Pública;
  • Tema 894 do STJ, relativo à correção do Imposto de Renda retido na fonte em verbas acumuladas;
  • Definição do termo inicial de aplicação da SELIC em casos de repetição de indébitos tributários de IRPF;
  • Tema 1050 do STJ, que trata da base de cálculo para honorários advocatícios em ações previdenciárias;

De acordo com o Manual, as mudanças buscam padronizar os procedimentos na Justiça Federal e dar mais segurança jurídica. Apesar de ser um guia, ele é visto como uma ferramenta fundamental para assegurar celeridade e economia processual, mantendo a autonomia dos juízes.

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O que é o Manual de Cálculos da Justiça Federal?

O Manual de Cálculos da Justiça Federal é um guia técnico estabelecido para padronizar e orientar a aplicação de critérios de cálculo em processos judiciais. Criado em 2010 (Resolução CJF nº 134/2010), ele foi desenvolvido para ser uma ferramenta de referência para magistrados, contadores judiciais, servidores e advogados.

O manual define os índices econômicos e as regras que devem ser utilizadas para calcular valores em decisões e execuções judiciais, como:

  • Atualização monetária: ajuste de valores para compensar a inflação;
  • Juros de mora: valores adicionais por atraso no pagamento;
  • Juros compensatórios: indenização pelo uso de um valor que deveria ser pago.

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O que muda na prática?

A nova edição do Manual de Cálculos da Justiça Federal (Resolução CJF n. 963/2025) traz efeitos imediatos na prática forense, impactando diretamente a atuação da advocacia:

  • Previsibilidade nos cálculos: A padronização dos critérios, incluindo a aplicação da SELIC (EC 113/2021) e a nova metodologia da Lei 14.905/2024, proporciona maior uniformidade nos procedimentos de execução;
  • Segurança jurídica ampliada: O alinhamento às recentes emendas constitucionais e aos precedentes vinculantes do STJ (Temas 894, 1050 e 1133) fortalece a estabilidade das decisões e reduz margens de controvérsia.
  • Redução de divergências processuais: Contadorias judiciais e magistrados passam a adotar parâmetros unificados, o que diminui discussões técnicas e acelera a tramitação;
  • Fortalecimento de teses processuais: Advogados ganham respaldo sólido para embasar cálculos, impugnações e recursos, utilizando o manual atualizado como fundamento técnico e jurisprudencial.
  • Celeridade e economia processual: A uniformização das diretrizes contribui para execuções mais rápidas e eficientes, evitando retrabalhos e decisões contraditórias.
  • Planejamento de recursos: Advogados podem antecipar argumentos e contrarrazões, sabendo que os cálculos seguem parâmetros oficiais.
  • Estratégias em ações contra a Fazenda Pública: maior segurança para definir pedidos de atualização monetária e juros, evitando impugnações.

Como os advogados podem utilizar o Manual de Cálculos na prática forense

O Manual de Cálculos da Justiça Federal (2025) é uma ferramenta estratégica para advogados que desejam fundamentar suas atuações com maior segurança e precisão. 

Entre as aplicações práticas mais relevantes, destacam-se:

  • Elaboração de petições e memoriais: Permite apresentar cálculos detalhados em iniciais, impugnações e recursos, seguindo parâmetros oficiais e minimizando riscos de impugnações por divergência técnica;
  • Redução de risco de sucumbência: Ao alinhar os cálculos à jurisprudência vigente, à Resolução CJF nº 963/2025 e aos precedentes do STJ, o advogado fortalece seus argumentos e evita contestação judicial desnecessária;
  • Suporte à instrução probatória: Serve como referência segura em execuções contra a Fazenda Pública, em ações previdenciárias e tributárias, garantindo que os valores apresentados estejam corretamente atualizados e juridicamente fundamentados;
  • Apoio em acordos e negociações: A utilização do Manual contribui para maior previsibilidade e transparência em acordos judiciais ou extrajudiciais, permitindo negociações mais eficientes e seguras.

Com isso, o advogado não apenas acompanha as mudanças legislativas e jurisprudenciais, mas também transforma o Manual em um instrumento de estratégia processual, fortalecendo teses e promovendo decisões mais rápidas e consistentes.

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O que é o Manual de Cálculos da Justiça Federal?

O Manual de Cálculos da Justiça Federal é um guia técnico criado para padronizar os critérios de cálculo em processos judiciais na Justiça Federal. Ele define índices de correção monetária, juros de mora e compensatórios, além de servir como referência para honorários advocatícios, execuções, ações previdenciárias e tributárias.

Qual a importância da nova edição de 2025?

A edição de 2025 incorpora mudanças legislativas, constitucionais e jurisprudenciais recentes, incluindo a Emenda Constitucional 113/2021 e a Lei 14.905/2024. Essas alterações promovem padronização, maior segurança jurídica, redução de divergências processuais e suporte técnico para advogados e magistrados.

Quem deve utilizar o Manual de Cálculos?

O Manual é utilizado por advogados, contadores judiciais, magistrados, servidores e outros profissionais do Judiciário que lidam com cálculos em processos federais. Ele serve como referência técnica para elaboração de petições, impugnações, recursos e acordos judiciais.

Quais mudanças principais foram incorporadas na edição 2025?

Entre as principais atualizações estão:

Aplicação da taxa SELIC em condenações contra a Fazenda Pública a partir de dezembro de 2021;
Inclusão do Tema 1133 do STJ sobre termo inicial de juros de mora;
Nova metodologia de correção monetária e juros para devedores não enquadrados como Fazenda Pública (Lei 14.905/2024);
Temas 894 e 1050 do STJ relacionados a Imposto de Renda e honorários advocatícios.

Como os advogados podem aplicar o Manual na prática forense?

Os advogados podem utilizá-lo para fundamentar cálculos em petições iniciais, impugnações e recursos, reduzir riscos de sucumbência, embasar teses processuais em execuções contra a Fazenda Pública, previdenciárias e tributárias, e oferecer maior previsibilidade em acordos judiciais ou extrajudiciais.

 O Manual de Cálculos substitui a necessidade de perícia contábil?

Não. O Manual serve como referência oficial, mas cálculos complexos podem exigir perícia contábil ou técnica para validação em processos judiciais. Ele garante base segura, mas não elimina a necessidade de análise detalhada em casos específicos.

Como o Manual contribui para a celeridade processual?

Ao padronizar índices, métodos e procedimentos, o Manual reduz divergências em cálculos, evita retrabalho e contestações, permitindo decisões mais rápidas e execuções mais eficientes.

Onde posso consultar o Manual de Cálculos da Justiça Federal 2025?

O Manual está disponível no site do Conselho da Justiça Federal (CJF) e é oficializado pela Resolução nº 963/2025. Advogados e profissionais podem acessar o documento completo para consulta técnica.

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Sobre o autor

Carlos Silva

Carlos Silva

Graduando em Direito, com expertise na elaboração de peças processuais, sólido conhecimento em Direito Civil e atuação como pesquisador na área de Direito Digital.

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