O marketing jurídico é extremamente importante na atualidade, visto que ele representa uma ótima maneira de o advogado consolidar sua marca na internet e captar novos clientes.
Mas é claro que para conseguir consolidar um perfil influente nas redes sociais, existem alguns pontos que devem ser seguidos.
Por isso, a equipe da Jurídico AI decidiu montar essa lista com os 4 erros mais comuns cometidos pelos advogados em suas redes sociais e como evitá-los.
O marketing jurídico no contexto atual
Ao longo dos últimos anos, tem sido cada vez mais comum ver advogados e escritórios de advocacia se aventurando pelo mundo das redes sociais.
Isso porque as redes possuem um gigantesco potencial de aproximação entre pessoas e serviços, o que permite uma comunicação muito mais humana e profunda entre profissionais e clientes.
Essa revolução digital levou a criação de um novo cenário para o marketing jurídico, que agora deve se preocupar, muito mais, com o relacionamento dos advogados com o público.
A postagem de conteúdos, agora, é protagonista dentro do marketing de serviços jurídicos. Vídeos, textos e fotos que podem ser compartilhados por toda a web são apenas exemplos do que as redes sociais possibilitam.
No entanto, nem sempre a criação e postagem de conteúdos acontece de maneira adequada às necessidades dos potenciais clientes, fato que pode, inclusive, mais atrapalhar do que ajudar as estratégias de marketing dos serviços.
1.Não postar de maneira constante
Um dos maiores erros que um advogado pode cometer na internet é utilizar as redes sociais como ferramentas secundárias. Isso porque, atualmente, elas são a principal forma de contato entre um profissional e o seu público.
Muitas pessoas, após descobrirem um serviço no Google (ou por indicação), recorrem diretamente aos perfis dos advogados ou dos escritórios de advocacia nas mídias sociais para conhecerem melhor o serviço jurídico.
Dessa forma, quanto mais completa for a página do advogado ou do escritório, maiores serão as chances de aumentar a confiabilidade dos potenciais clientes no trabalho do profissional.
Utilizar redes sociais de maneira subsidiária, portanto, significa a perda de oportunidades.
É extremamente importante que o advogado demonstre que a sua página está “viva” e que está preocupado em nutrir o público com conteúdo.
Afinal de contas, um perfil “abandonado” pode dizer muito sobre a qualidade dos serviços do profissional. Se é para não utilizar a página, é melhor não tê-la.
No entanto, manter a página ativa não quer dizer que o advogado tenha que interagir com os clientes de maneira extremamente frequente, isto é, postando conteúdos de modo desenfreado.
O importante, na realidade, é que haja constância na rotina de interações com a página, nutrindo o perfil por meio de uma rotina racional e priorizando a qualidade dos conteúdos a serem produzidos.
Qualidade vs. quantidade
Um perfil numa rede social funciona melhor do que um cartão de visitas ou, até mesmo, do que um site profissional. Isso porque, nele, há uma chance infinitas vezes superior de interação do público com o advogado.
Por ser um dos meios mais valiosos para a conquista de clientes, ele deve ser nutrido com o suprassumo do conteúdo que o profissional produz.
Isso porque de nada adianta fazer postagens várias vezes ao dia ou em todos os dias da semana se o conteúdo não possuir boa qualidade.
Conteúdos ruins podem fazer com que o seu perfil fique confuso e com que você não consiga demonstrar, de fato, a competência dos seus serviços jurídicos.
O foco, portanto, deve ser na qualidade e não na quantidade.
No entanto, isso não significa que você não tenha que fazer postagens constantemente. O ideal é que você estabeleça uma rotina planejada de produção de bons conteúdos e de realização de postagens.
Constância vs. frequência
A constância de postagens é absolutamente diferente da frequência de postagens.
A primeira exige planejamento e continuidade na rotina de produção de posts, enquanto a segunda se preocupa apenas com a quantidade de conteúdos a serem postados em determinado lapso temporal.
Estudos do mundo todo afirmam que a constância é infinitas vezes mais relevante do que a frequência por si só.
É imprescindível que o advogado desenvolva um planejamento racional para a produção de bons conteúdos para as redes sociais, objetivando nutrir constantemente o seu público (em particular, os seguidores).
Assim, os visitantes perceberão não só que a página é “viva”, com interações constantes, mas notarão, também, que o conteúdo é de boa qualidade, aumentando o grau de confiabilidade nos serviços jurídicos do profissional.
2.Postar conteúdo que não interessa a quem não é do Direito
No tópico acima, falamos um pouco sobre a importância do conteúdo de boa qualidade para a conquista de clientes por meio de mídias sociais.
No entanto, talvez a maior dificuldade dos advogados seja saber o que é um bom conteúdo para o público. Essa dúvida, infelizmente, faz com que muitos profissionais cometam erros na hora de produzir postagens.
Um dos maiores erros cometidos durante a criação de posts para as redes sociais é produzir textos ou divulgar informações que não tenham nenhum valor aparente para o público (em geral), sendo interessantes apenas a outros profissionais do mundo jurídico.
Essa, aliás, é uma dificuldade que não se encontra apenas na produção de conteúdos para redes sociais, mas em todas as áreas do universo do Direito.
Advogados e juristas, no geral, têm o hábito de criar conteúdos (sobretudo escritos) úteis apenas aos seus pares, criando uma barreira entre a realidade jurídica e a realidade comum.
Essa é, aliás, uma das maiores razões da dificuldade que muitos profissionais do ramo possuem na elaboração de estratégias de marketing e na hora de conquistar clientes.
Como criar conteúdo interessante ao meu público?
Para criar um conteúdo interessante ao seu público alvo é preciso que você entenda, primeiramente, que a maioria das pessoas não tem nenhum nível de conhecimento jurídico.
Elas normalmente desconhecem a linguagem utilizada, as normas e, sobretudo, as teorias e os conceitos específicos.
Querer se comunicar bem com um público que não entende o que você fala exige muito empenho do profissional em simplificar, ao máximo, as informações, de modo que se tornem compreensíveis.
Isso porque uma pessoa só procura um escritório de advocacia para resolver um problema. Se você não a fizer compreender que possui a solução para a questão, provavelmente ela não atribuirá aos seus serviços o valor que eles realmente possuem.
Por exemplo:
Imagine que você recebeu um cliente taxista que, parado em um sinal de trânsito, teve seu carro atingido por uma van que estava andando muito acima do limite permitido, culminando na perda total de seu táxi.
Mesmo possuindo seguro, o cliente gostaria de ser ressarcido pelo tempo em que não pôde trabalhar em virtude da perda do veículo, um típico caso de lucros cessantes.
Se você tivesse que elaborar conteúdo para um cliente como esse, o que você acha que chamaria mais atenção: dissertar sobre a Teoria do dano material e sobre a modalidade de lucros cessantes ou, apenas, explicar de maneira simples que ele teria direito à indenização de acordo com o que, razoavelmente, deixou de lucrar?
Deixar o conhecimento e o linguajar jurídicos específicos um pouco de lado e priorizar a descrição da solução que os seus serviços oferecem é a melhor dica.
Reserve seu conhecimento teórico para colóquios, palestras, pesquisas e para o momento em que você estiver resolvendo o caso. Para a comunicação com clientes, você deve demonstrar as soluções práticas.
Além disso, não esqueça que as postagens têm limites de letras! Utilize-as com clareza e objetividade, explicando como você pode ajudar o seu potencial cliente.
3.O uso de juridiquês
Mais uma vez, esse é um tópico que se relaciona com a qualidade dos conteúdos a serem postados em mídias sociais.
Além de você ter que se comunicar com o cliente a partir de uma linguagem que ele possa compreender, é fundamental que você crie seus conteúdos com palavras e expressões que ele conheça.
Isso pode parecer um pouco redundante, mas há uma diferença muito grande.
Uma coisa é você ser direto e explicar a solução de forma prática ao seu cliente, outra coisa é você garantir que ele realmente entenda tudo que você está dizendo.
No Direito, o uso das palavras e expressões pode gerar uma verdadeira segregação entre os “profissionais e leigos”.
Isso porque é muito comum observarmos profissionais do Direito utilizando uma linguagem absolutamente formal nos perfis de seus serviços nas redes sociais, o que é um erro!
É indispensável que você se aproxime ao máximo da realidade e da dor do seu cliente.
A menos que você seja um advogado que preste serviços a linguistas ou a outros advogados, o uso da linguagem absolutamente formal só afastará você de seu público.
4.Não entender a persona de seus serviços jurídicos
Esse talvez seja o principal erro do advogado em suas mídias sociais.
A persona nada mais é do que o cliente ideal dos serviços jurídicos de um profissional. Trata-se do cliente que possui o problema que o advogado possui maior expertise para resolver.
É preciso entendê-la ao máximo antes de iniciar qualquer estratégia de marketing jurídico, uma vez que qualquer tática utilizada será baseada em suas características (sobretudo dados demográficos e comportamentais).
Dessa maneira, qualquer postagem realizada em redes sociais deverá estar focada no cliente ideal de seus serviços jurídicos. É ele que você deseja atrair e é nele que você deve direcionar os seus esforços.
Não entender a persona pode ser um verdadeiro pesadelo para a atuação dos advogados nas mídias sociais.
Isso porque, sem um cliente ideal muito bem definido, o profissional não saberá com quem ele está falando e, consequentemente, não saberá, ao certo, o que falar.
Sem uma persona definida, o advogado estará perdido em suas estratégias de conquista de clientes.
Para exemplificar:
Imagine só que um advogado deseja atrair clientes para o que faz de melhor: ação de alimentos, dentre outras questões do Direito de Família.
Seria útil (ou mesmo lógico) a ele produzir conteúdos sobre Direito Administrativo, sendo que nunca quis atuar na área? Certamente, não.
Se a persona do advogado é um indivíduo com questões relacionadas ao Direito de Família, é nela que o profissional deve focar na hora de produzir posts para redes sociais.
Quanto mais coerente e direcionada for a atuação de um escritório de advocacia em suas mídias sociais, maiores são as chances do profissional obter sucesso.
Com coerência e foco, o advogado conseguirá consolidar a mensagem que deseja transmitir ao público, aumentando o nível de confiança na competência de seus serviços jurídicos.
Dica: não confunda o seu público (e não se confunda). Dê aos seus clientes a solução para os problemas que eles precisam resolver.
Afinal, lotar a timeline de seus seguidores com conteúdos que não interessam a eles em nada contribuirá para o seu sucesso.
Persona: encontre os melhores clientes para o seu escritório de advocacia
Esses são apenas alguns erros, mas existem muitos
Infelizmente, a maior parte dos advogados ainda não elaboram boas estratégias de marketing para as suas redes sociais, sobretudo devido à falta de informação.
Isso faz com que muitos profissionais não consigam atingir o sucesso que poderiam conquistar se estruturassem as suas táticas de marketing digital conforme a realidade da internet e das mídias digitais.
Por isso, um conselho que damos é que é sempre bom o advogado procurar a ajuda de um profissional especializado em marketing, a fim de que sejam encontrados os melhores caminhos para a sua atuação.
Se você quiser saber mais sobre marketing jurídico e como aplicar sua pesquisa de palavras-chave, leia nosso artigo: